terça-feira, 8 de novembro de 2011

Machado de Assis

Machado de Assis
 Joaquim Maria Machado de Assis, ou simplesmente Machado de Assis, foi um menino pobre, descendente de escravos, nascido em 1839, no morro do Livramento, no Rio de Janeiro, então sede dos poderes do Império do Brasil e por isso mesmo chamada de “a Corte”, e a mais importante cidade brasileira da época.
 Seus pais, Francisco José de Assis, um pintor de paredes e dourador, mulato, e Maria Leopoldina Machado de Assis, uma portuguesa açoriana,  que fazia serviços domésticos, sabiam ler e escrever, coisa bastante rara para sua condição social; casaram-se relativamente tarde: ela com 26 anos, ele com 32.
   Sabe-se que Machado ficou órfão de mãe ainda menino, antes dos 10 anos de idade, que não estudou por muito tempo em escolas formais, mas, ávido de saber, foi autodidata. Teve acesso ao latim, ao francês, inglês, alemão e ao grego clássico.
  Aos 15 anos de idade, aparecem seus textos, primeiro poemas (todo mundo queria ser poeta em 1854), depois crítica literária e teatral. Tornou-se o mais importante escritor de sua época no país, reconhecido ainda em vida quase unanimemente, tudo isso coroado, com a eleição para a Presidência da Academia Brasileira de Letras.
  Casou-se com Carolina Xavier de Novais, uma mulher muito culta, portuguesa, que seria sua companhia até o fim da vida (ela morreu em 1904, e ele quatro anos depois). Estando acamado por aquela crise de saúde, foi para Carolina que ele ditou os primeiros capítulos da obra que marcaria uma tremenda mudança em sua escritura: as Memórias Póstumas de Brás Cubas.
   Machado de Assis, muitas vezes referido com o apelido “Bruxo do Cosme Velho” – “bruxo” pela inventividade, por aquela espécie de feitiço que se encontra na obra dos grandes artistas, “Cosme Velho” por ser este o bairro do Rio de Janeiro em que ele viveu os últimos anos de sua vida –, não teve filhos, como aliás boa parte de seus maiores personagens: Brás Cubas, Quincas Borba, Bento Santiago, os gêmeos Pedro e Paulo, o conselheiro Aires. Debilitado, mas reconhecido no mundo intelectual, morreu no dia 29 de setembro de 1908. Por determinação expressa deixada antes da morte, foi enterrado no mesmo jazigo em que estava sua amada Carolina.


Obras do autor
Poesia
Crisálidas (1864)
Falenas (1870)
Poesias Completas (incluindo Ocidentais) (1901)
Romance
Helena (1876)
Iaiá Garcia (1878)
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)
Dom Casmurro (1899)
Memorial de Aires (1908)
Conto
Contos fluminenses (1870)
Histórias da meia-noite (1873)
Papéis avulsos (1882)
Histórias sem data (1884)
Várias histórias (1896)
Páginas recolhidas (1899)
Relíquias de casa velha (1906)

**Também escreveu peças para Teatro e teve publicações póstumas.

Fonte: L&PM Editores, com adaptações. Disponível em:
http://lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID=0&Template=../livros/layout_autor.asp&AutorID=806630

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