quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A felicidade - Machado de Assis

O conto se passa no ano de 1860. Um homem chamado Mendonça, ao ler o jornal em um restaurante,  depara-se com um anúncio no mínimo curioso. Uma senhora à procura de um homem a partir de 40 anos para casamento. Movido pelo mistério do anúncio, e para saber até que ponto havia veracidade no anúncio, já que a mulher dizia ter um dote, Mendonça resolve escrever a ela e deixa a carta no local indicado. No dia seguinte, atendendo ao anúncio, vai para a entrevista. Chegando lá, a aguarda na sala, nisso pensa mil coisas: que era uma velha, uma mulher muito feia,  corcunda, ou mesmo coxa; mas, ao mesmo tempo, pensa que podia não ser assim. Para sua surpresa, após meia hora esperando, entra uma bonita jovem de 25 anos. Seu nome é branca. Após as apresentações e depois de um longo silêncio, ela pergunta quando irão casar. Ele, querendo se sair da situação, já que fora ali por curiosidade, confessa à jovem que não é rico, que ganha igual a um advogado em início de carreira, que era escrevente. Ela lembra que a única exigência feita foi quanto à idade. Assim, acertam o casamento. Mendonça, ao sair da casa, meio atordoado, não sabe o que fazer. Como casar com uma pessoa que não conhece? E se fosse uma louca? E se tudo aquilo fosse um golpe? Resolveu contar a um conhecido a tal história, fingindo ter acontecido com um amigo seu.  O conhecido, depois de ouvir tudo, diz que o melhor a fazer é se afastar daquela mulher, ela só podia ser uma louca. Como aquela situação o incomodava ainda, confidencia também ao advogado para quem trabalhava. Este, ao contrário do outro, diz que ele devia considerar o pedido, que Branca agia assim por ser uma mulher romântica. Mendonça volta à casa de Branca, mas ainda se sente atordoado com tudo aquilo. Ele não sabe o que fazer , então resolve investigar a vida da moça pelas redondezas. Conversa com o padeiro, o confeiteiro, o carvoeiro, mas nenhum tinha informações precisas. Decidiu não voltar mais. Assim passaram-se cinco dias; no sexto, recebe um bilhete furioso querendo saber por que não tinha ido visitá-la. Vai, mas não tem coragem de entrar. Ao completar oito dias, recebe a visita da moça, que diz ter ido se despedir dele. Antes disso, chama ele de fraco e diz ele não subirá na vida, que nã odeixará de ser o que é hoje, um simples escrevente. Aturdido, Mendonça pergunta quem ela é de verdade. Ela afirma ser a felicidade. E vai embora. Ele ainda vai até sua casa, mas nâo a encontra. De repente, enlouquece e é levado para o hospício, onde vem a falecer um ano depois.

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