sábado, 19 de novembro de 2011

Os dois bonitos e os dois feios - Rachel de Queiroz

Narra a história de dois casais: um de bonitos e um de feios. Os casais se amavam em suas semelhanças. Os dois homens, o bonito e o feio eram vaqueiros e trabalhavam juntos; e as moças eram primas uma da outra. Certo dia, inexplicavelmente, o bonito apaixonou-se pela feia, que por sua vez ficou encantada pelo bonito. Mas o feio percebeu e passou a vigiar sua feia. Já a moça bonita, ao se ver abandonada, procurou outro namorado. Portanto, ficou um triângulo amoroso: o bonito e o feio querendo a feia. Num dos encontros do bonito com a feia, esta confessou a ele que o outro o havia jurado de morte. O bonito ficou com medo e passou a observar cada gesto do outro; comprou uma faca e procurava descobrir alguma armadilha feita pelo feio. Sempre que saíam para o trabalho, o bonito ficava na defensiva, com medo. Já o feio não dizia nada, era calado por natureza, mas ficava tramando a morte do bonito. Sua intenção era fazer com que a morte do bonito fosse vista como acidente, assim não seria preso. Até que um dia teve um plano inspirado em um acidente que havia acontecido com outra pessoa. Tentou fazer igual, mas seu plano deu errado. O bonito descobriu o plano e matou o feio, fazendo parecer que tinha sido um acidente. Ninguém desconfiou de nada. Assim o bonito casou-se com a feia pois o amor deles era sincero. A feia nunca desconfiou do bonito e este não sentiu remorsos, porque matou para não morrer. E foram felizes.
Por: Sirlange

Um comentário:

  1. Ao ler esse conto, não há como não refletir acerca de preconceito, de discriminação, de interesses, da "cegueira" do amor. Será que é mesmo como se diz, que "o amor é cego"? Ou "quem ama o feio, bonito lhe parece"?

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