"A produção de contos no Brasil, nestes anos 60/90 (apesar da grande
voga do romance) tem sido expressiva, seja em qualidade, seja na
diversificação de temas, estilos e problemáticas, seja como fusão das
várias propostas modernas ou pós-
-modernas com o modo-de-ser
brasileiro. Destacam-se, nessa produção: Adélia Prado, Ana Maria
Martins, Bernardo Élis, Dalton Trevisan, Edilberto Coutinho, Hermilo
Borba Filho, Hilda Hilst, João António, Julieta Godoy Ladeira, Luiz
Vilela, Márcia Denser, Marcos Rey, Marina Colasanti, Miguel Jorge,
Moacyr Scliar, Nélida Piñon, Ricardo Ramos, Victor Giudice ...
Embora com estilos e problemáticas diversas , todos eles expessam as
linhas de força que dinamizam o conto contemporâneo: a visão fragmentada
própria do nosso século, - a visão de um mundo descentrado, onde o
indivíduo perdeu o sentido último da vida e, reduzido a si mesmo ou à
força/fraqueza de sua própria palavra, busque uma nova saida. Ou, sem
saídas, só lhe restam as forças desmesuradas do erotismo, ou então
testemunhar a violência gratuita que se alastrou pelo nosso universo em
caos. Ou ainda, resgatar o Mito (que vem sendo um dos grandes trunfos,
principalmente do romance contemporâneo)..."
Extraído do E-Dicionário de Termos Literários
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